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sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Amanhã tomamos o avião com destino a Buenos Aires e eu nem sequer terminei de postar todo o Diário de Bordo da viagem anterior! É que são tantos preparativos, tanto trabalho, que o tempo fica curto demais. Enfim, segue aqui mais um relato. Divirtam-se.

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Diário de Bordo – Missão Mestrado – Buenos Aires, Argentina – Data Estelar 01027061/1.3

Ainda não resolvemos o problema de acordar devidamente restaurados e na hora certa. Dessa vez, nos ligam às 8:20 para perguntar se não iríamos descer para o café. Lembrando que a aula começa às 8:30h. É que havíamos pensado que desde o dia anterior tinha ficado claro que gostaríamos de ser acordados pela recepção às 7:00h. O que eu fiquei sabendo é que isso foi ontem. Se quiséssemos que o mesmo acontecesse hoje, deveríamos ter pedido de novo. Bem vindo à Argentina.

Nos arrumamos rápido, descemos para o café da manhã – que continha exatamente as mesmas coisas de ontem –, comemos e rumamos para a Universidad. No caminho, foi interessante notar dois fatos: primeiro, não se pode estacionar carros pela rua. Para isso, existem estacionamentos em locais específicos. Não reparei se tais estacionamentos são pagos ou não. Nota mental para ver isso amanhã. Outro fato interessante foram os anúncios de prostitutas colados nos telefones públicos. Parece que a situação econômica está realmente ruim... são 20 pesos uma rapidinha, 50 pesos por uma hora. Considerando que a taxa de câmbio está 2 pesos para cada real, façam as contas. Está constatado: o produto mais barato da Argentina é o sexo.

Chegamos na Universidad, depois de atravessar o campo minado de bosta canina, com um atraso de meia hora. Ontem eu havia puxado a orelha da turma por conta dos atrasos e aconselhei a todos que chegassem pontualmente; fui, portanto, zoado pelos colegas. Justificativas elencadas, prosseguimos com o programa. A professora de ontem finalizou o conteúdo que ela tinha para passar, tiramos fotos, conhecemos a professora da tarde e fomos almoçar. Algumas pessoas almoçaram novamente no restaurante do hotel. Eu e o Júnior preferimos ir a outro lugar, para conhecer melhor a cidade. Para o engraçadinho do Raphael, que fez piada sobre a nova lei argentina, fica o dedo do meio. O primeiro restaurante em que paramos não aceitava cartão, por isso fomos procurar por uma casa de câmbio, quando acabamos passando na frente de um restaurante com adesivos de todos os cartões de crédito mais comuns, e entramos. Tomei uma Quilmes pela primeira vez, excelente cerveja; mas percebi que as bebidas nos restaurantes são caras: 15 pesos a cerveja e 8,50 um refrigerante da garrafa pequena. A comida, mais uma vez, foi um exagero e, não querendo repetir a dose de ontem e comer mais do que deveria, acabei deixando no prato comida suficiente para alimentar mais uma pessoa. E a Argentina em crise.

Crianças tentaram entrar no restaurante para vender algo que carregavam dentro do que parecia ser uma caixa de sapatos, mas foram expulsas pelos garçons. Mais uma cena triste pra levar na consciência.

De volta à aula, a nova professora me elegeu, por recomendação da outra professora, o tradutor oficial da turma. Isso porque alguns colegas tem dificuldade com o idioma e eu sou o único que já fiz curso. E não é que meu espanhol está desenferrujando? Aconteceu uma coisa engraçada, mas isso foi bem mais tarde, a gente chega lá. A aula foi também muito boa, mas não é o objetivo deste relato contar o que estou aprendendo no curso, então vamos direto pra parte em que saímos todos para tomar um taxi e ir à famosa rua Florida fazer turismo e compras.

Paramos numa galeria lindíssima, chamada Galeria Pacífico, uma espécie de shopping, com um teto muito alto, coberto de lâmpadas, que mais parecia um céu estrelado; umas abóbadas com pinturas de inspiração renascentista, Capela Sistina style. O lugar estava cheio de brasileiros e as pessoas se vestiam muito bem. Melhor do que em qualquer outro lugar que conheci por aqui até agora. As vitrines das lojas tão belas quanto todo o resto. Ao contrário das lojas do bairro Once, onde fica o hotel em que estamos hospedados, aqui as roupas eram bem bonitas (não que no Once elas sejam feias, são apenas bem mais simples, populares) e, consequentemente, mais caras. Cada vez que uma peça me chamava a atenção, custava no mínimo 1.000 pesos. Dali, fomos para a tal Florida, que é uma espécie de XV de novembro curitibana, só que mais grandiosa. E com camelôs.

Entrei na livraria El Ateneo da Florida, que não é a famosa livraria El Ateneo Grand Esplendid, que fica dentro de um teatro na Av. Santa Fé. Mesmo assim, é bem grande... maior que a maioria das livrarias nas quais já entrei (provavelmente, só perde para a Livraria Cultura da Avenida Paulista). Conversei muito bem em espanhol com o vendedor, que estava atendendo um garoto que falava inglês. E aqui vem o fato engraçado, ou, no mínimo, curioso: antes da viagem, eu estava seguro de que me virava muito melhor em inglês que em espanhol. Entretanto, ao conversar com o vendedor em espanhol, fui elogiado por ser brasileiro e ter um sotaque tão parecido com o daqui, ao passo que, ao tentar estabelecer um diálogo em inglês com o outro rapaz, me enrolei. O sistema travou. Eles não perceberam – mesmo porque os motivos são bem pessoais para mim –, mas me senti constrangido.

Comprei Toda Mafalda e um encadernado dos cinco volumes de Mulheres Alteradas. Agora estou absolutamente satisfeito e não pretendo gastar mais dinheiro com coisas pra mim, além de comida e transporte, afinal ainda há um pouco de turismo que precisa ser feito por aqui.

As viagens de taxi, tanto de ida para a Florida quanto de volta para o hotel, foram excelentes oportunidades para conhecer melhor a cidade. Buenos Aires é lindíssima. Linda de morrer. Passamos pela Plaza de Mayo, que é gigantesca; o estilo arquitetônico da cidade é fascinante, tudo é grandioso. Os outdoors são painéis com imagens perfeitas – não dá pra saber de que material são feitos –, e não aquelas coisas horríveis de papel colado que temos no Brasil. Muitos letreiros luminosos de proporções avantajadas contrastam com o estilo antigo dos prédios. As avenidas são muito largas, chegando ao cúmulo de ter 12 (DOZE!) pistas, no caso da Av. 9 de Julio. Minhas pesquisas na internet dizem que é a avenida mais larga do mundo. Simplesmente impressionante.

Tínhamos o objetivo de ir ainda hoje ao Porto Madero, mas ninguém teve disposição. Voltamos ao hotel, comemos uma pizza incrível e fomos dormir.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Trabalhos do Mestrado

Como estão os trabalhos do mestrado???
Faltam apenas 06 dias e tempo passa rápido.
Hasta la vista...