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quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Pra quem estava ansioso e não aguentava mais esperar (será?), aqui vai a segunda parte do relato sobre a nossa primeira ida a Buenos Aires, para começar o curso de Mestrado. Divirtam-se.

Só lembrando aos novatos que o frio do qual eu falo só rola em julho. Agora em Janeiro lá é quente igual aqui!

***

Diário de Bordo – Missão Mestrado – Buenos Aires, Argentina – Data Estelar 01027061/1.2

Fomos acordados às 7 da manhã pelo toque do telefone. Eu estou dividindo o quarto com Devilson Júnior e foi ele que atendeu ao telefone. O coitado do Júnior estava tão cansado que dormiu por cima das cobertas, só de shorts. Passou frio. Eu acordei sem acreditar que já era hora de se levantar. Eram 7h da manhã. Júnior nem sequer tomou ciência de onde estava e pensou que a voz embolada ao telefone, que pertencia obviamente ao funcionário da recepção, era trote.

Descemos para o café aproximadamente às 7:30h. Percebi que levantamos antes do sol. O safado só foi aparecer por volta das 8:30h. Um pulinho na calçada, do lado de fora do hotel, me fez perceber que o frio de trincar os ossos que nos foi prometido não era de brincadeirinha. Não tardei voltar para dentro e buscar a área onde se servia o café da manhã, que na Argentina é basicamente croissant. Com suco de laranja, café com leite, geléia de morango. Croissant, enfim.

E na tevê presente na sala, a primeira notícia que ouço na Argentina: acabaram de legalizar o casamento entre homossexuais por aqui. Bem... piada pronta, certo?

Fomos para a aula na Universidad. A pé, mesmo, o hotel onde estamos ficando é bem perto. O caminho até lá foi penoso, tamanho era o frio. Como se cortasse a pele do rosto – que, afinal, era a única parte do corpo descoberta. A situação econômica do país está bem feia, e deu tristeza ver mendigos dormindo nas calçadas. Por Deus, está fazendo 2 graus aqui. DOIS! Até cachorro está andando bem agasalhado. E como tem cachorro esse lugar. Em algumas calçadas, não pisar em fezes caninas implica andar brincando de amarelinha. Chegando à Universidad, o tema era Currículo e Desenho Curricular. Muito boa a aula. Resumindo, foi falado sobre o currículo como projeto cultural. Pausa para o almoço.

No almoço, como nos é bem de costume, cada um pediu o seu. Mas o prato que era pra alimentar uma pessoa, dava pra umas 3 ou 4. Tio Everaldo e Júnior pediram um prato que se chama parrilla, que é basicamente um monte de carne, de tudo quanto é bicho. Fizeram uma churrascada com a Arca de Noé e jogaram em cima da mesa. Resumindo: foi difícil voltar para a aula depois. Resultado: Chegamos meia hora atrasados. Conclusão: nunca mais como aqui do jeito que comi hoje, ou voltarei pra casa rolando. Pronto, já estou exercitando a Metodologia Científica.

E estava frio. É a primeira vez em minha vida que me encontro num lugar tão terrivelmente frio apesar do sol e do céu azul e limpo. E eu achei ótimo! Pelo menos no primeiro dia... vamos ver como será ao final do décimo quarto.

O resto da aula foi cansativo, não porque a aula fosse chata, mas muito pelo contrário. Estou cada vez mais certo de que tomei uma boa decisão ao decidir por este Mestrado. Decisão que foi confirmada, antes da viagem, pelo Tarot. Perguntei ao Tarot: “o que esperar dessa viagem para a Argentina?” Puxei uma carta, me veio o Quatro de Discos – Poder, relacionado a questões materiais. Prossegui: “e quando eu voltar, o que é que me aguarda?” Mais uma carta, O Aeon – Começo de um novo ciclo, novas possibilidades de atuação, recomeço positivo, com grandes chances de sucesso. Promissor, hein?

A aula foi cansativa por conta das desventuras da noite passada e da falta de sono. Prestar atenção à professora já é difícil por causa do idioma, então o esforço é dobrado. Compreensiva, a professora nos liberou mais cedo. Fomos atrás de necessidades básicas: adaptador para a tomada, que é diferente aqui; acessórios para proteger do frio no caso dos colegas que não acreditavam que a temperatura estaria tão baixa; comprei também um presente para Rachel.

As ruas de Buenos Aires, pelo menos aqui na região em que eu me encontro, têm muito comércio de rua. E por comércio de rua, me refiro a camelôs, mesmo. Só não dá pra saber se é algo típico da cultura argentina ou se é conseqüência do momento econômico pelo qual eles estão passando. Andamos por muitas lojas de roupas muito baratas e visitamos muitas bancas espalhadas pelas ruas. Depois, voltamos para casa, comemos e ficamos de bobeira. Tomei um bom banho quente – o banheiro é daqueles que tem um registro para água quente e outro para água fria – e fui descansar para pegar firme no curso no dia seguinte.

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